11 julho 2017

Vinho Madeira com 221 anos descoberto nos Estados Unidos

17:54

São mais de 50 garrafas e garrafões que remontam a 1796, escondidas por causa da Lei-Seca.


As obras de recuperação no Liberty Hall Museum, em Nova Jersey, levaram a uma descoberta inesperada: mais de 50 garrafas e 42 garrafões de vinho Madeira, que remontam a 1796, encastradas atrás de uma parede construída durante a Lei-Seca.
E os historiadores e especialistas do museu americano, garantem que é a colecção mais antiga de vinho Madeira dos Estados Unidos: “Não fazíamos ideia que as garrafas estavam, lá”, disse John Kean, presidente do museu. “Esperávamos encontrar vinho, mas não fazíamos ideia da data. Foi uma grande surpresa”, acrescentou à CNN.
O museu, actualmente da Kean University, em Nova Jersey, está a ser alvo de uma remodelação. Antigamente, era conhecido apenas por Liberty Hall e foi a casa de William Livingston, o primeiro governador eleito na Nova Jersey, e signatário da Constituição. A casa foi construída em 1772, antes da Revolução Americana, e tinha originalmente 14 quartos. Em 1811 passou a ser propriedade da família Kean.
Agora, decidiram que a adega da mansão devia ser alvo de análise e de recuperação. Por causa da Lei-Seca, a garrafeira estava escondida atrás de uma parede: “Primeiro precisávamos de deitar a parede abaixo. Submetemos o quarto a uma vistoria completa – análise de tintas, de argamassa, de tijolos, para percebermos o que precisava de ser reparado”, contou Bill Schroh, director de operações à CNN. Foi depois desta fase que, conta, encontraram “a incrível colecção de Madeira”.
Os trabalhos de remodelação demoraram seis meses e os trabalhadores do museu encontraram ainda mais garrafas de vinho e garrafões no sótão da casa, escondidos por baixo de palha. À época, os garrafões eram frequentemente utilizados para transporte de vinho e para armazenamento.
Garrafas de vinho Madeira da colecção privada de Robert Lenox – milionário e importador de vinho em Nova Iorque – também estavam entre a descoberta. Lenox morreu em 1839 e, diz o presidente da Rare Wine Co, “nada disto [as garrafas de vinho Madeira] existe”. Mannie Berk acredita que podem chegar aos 20 mil dólares. O museu não revelou, para já, qual o valor máximo que a nova descoberta pode atingir.
Fonte: Diário de Notícias da Madeira, edição on-line.

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