12 agosto 2015

Bolo do Caco e Pão de Casa vão ser certificados

11:47



COM A CRIAÇÃO DA MARCA É ESTIPULADA UMA RECEITA, SÃO DEFINIDOS OS INGREDIENTES E PROTEGE-SE UMA PATENTE...
TAMBÉM OS PÃES DE CASA, DE SANTANA E DO PORTO SANTO, ENTRE OUTROS, SERÃO PROTEGIDOS. 
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A Secretaria Regional da Agricultura e Pescas vai levar, em breve, a Conselho de Governo, a proposta para certificação do Pão Tradicional da Madeira, incluindo os famosos Bolo do Caco e Pão de Casa. Será assim criada, entre outras, a marca “Bolo do Caco da Madeira”.
Mas, nas listas estão outros pães, como o de Santana e o do Porto Santo.
O diretor regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Paulo Santos, sublinha que o Governo Regional já ouviu várias entidades, como foram os casos da Associação de Agricultores da Madeira, a Associação de Panificação e a Confraria Gastronómica.
O objetivo foi definir a receita e patentear a marca, evitando que empresas e pessoas estejam a deturpar o produto, vendendo o bolo do caco da Madeira, mas sem seguir a receita nem as matérias-primas.
Paulo Santos diz que «não há problema que se faça ou venda Bolo do Caco da Madeira em outras partes». Desde que estejam devidamente licenciados para tal e que cumpram com o que está definido e com o receituário.
O sucesso do bolo do caco madeirense é tão grande que um pouco por todo o Continente abrem-se lojas onde é vendido aquele famoso pão. Em Faro, em Leiria, em Lisboa, em Aveiro, no Porto... Enfim, um pouco por toda a parte é comercializado. O problema é que em muitos desses lugares o nome é o mesmo mas a receita nada tem a ver...
Recorde-se que o bolo do caco é confecionado com farinha de trigo, fermento, água e sal. Com estes ingredientes, é feita uma massa, que deve fermentar durante três dias.
A cozedura tradicional é feita sobre uma pedra de basalto, um caco como se chama na Madeira, devidamente aquecida para o efeito, até atingir temperaturas elevadas.
O bolo é colocado sobre a pedra e é cozido até adquirir uma crosta fina, ligeiramente queimada. Em seguida, é virado, para que fique cozido em ambos os lados. Pode ser consumido quente, barrado com manteiga de alho a derreter, ou mesmo como iguaria principal. E é muito utilizado para fazer sandes. 

Fonte: Jornal da Madeira, 12 de Agosto de 2015. 



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